Menino, de 9 anos, morreu na segunda (20) e a menina morreu nessa quarta-feira (22) no Pronto-Socorro de Cruzeiro do Sul. Sesacre investiga o que causou a doença. Cruzeiro do Sul registrou mortes por pneumonia
Duas crianças, uma de 2 anos e 10 meses e outra de 9 anos, morreram com pneumonia em Cruzeiro do Sul, interior do Acre, em menos de dois dias. A Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) disse que as duas crianças deram entrada no pronto socorro da cidade com quadro de pneumonia aguda. Contudo, o laudo que vai confirmar o que provocou a doença ainda não foi concluído.
O menino, de 9 anos, morreu na última segunda-feira (20), e a menina, que estava na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), morreu nessa quarta (22).
O município está com 80% dos leitos de UTI ocupados. No entanto, a maior parte dos casos é de traumas, acidentes de trânsito, situação de neurologia e cardiologia.
No último dia 14, o governo estadual decretou situação de emergência em decorrência do aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave e da superlotação dos leitos de terapia intensiva. O documento foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) e tem validade de 90 dias.
A coordenadora regional da Sesacre, Diane Carvalho, disse que todo caso de síndrome respiratória é investigado e acompanhado de perto, principalmente pela equipe da Vigilância Epidemiológica. “Estamos investigando o que aconteceu, fazendo o painel viral desses dois óbitos para a gente identificar qual o vírus, se foi um vírus mesmo ou se foi alguma infecção por bactéria”, confirmou.
A Sesacre confirmou que a cidade de Cruzeiro do Sul enfrenta um surto de doenças respiratórias com a circulação de ao menos três vírus predominantes. O H1N1 é o mais frequente e tem causado um aumento no número de pacientes que procuram as unidades de saúde.
Hospitais de Cruzeiro do Sul têm registrado aumento de internação de pessoas com síndromes respiratórias
Reprodução
“Temos hoje uma sala de situação para síndromes respiratórias aberta e diarreias e a gente vem acompanhando esse aumento em busca de atendimento na UPA e demais hospitais. De acordo com nosso painel viral, temos a prevalência do vírus do H1N1, temos mais três tipos de vírus, mas o H1N1 é o que está em evidência”, frisou.
Mesmo com o aumento, a coordenadora afirma que poucos casos de doenças respiratórias tem evoluído para quadros mais complicados. “Temos casos de internações aumentando, mas poucos casos graves, então, isso nos deixa um pouco confortável com relação a isso”, ressaltou.
Diane Carvalho destacou alguns cuidados que precisam ser tomados neste período crítico. “As crianças que estão doentes devem evitar irem à escola, tem a higienização das mãos que é importantíssima e a vacinação que reduz o agravamento dessas doenças. A gente orienta a população a buscar os postos de saúde e se vacinarem”, concluiu.
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